Belo Horizonte se destaca como a capital da inovação no Brasil
Brasília é a capital política do país, São Paulo é a capital da economia brasileira, o Rio de Janeiro é a capital do turismo e nosso objetivo é transformar Belo Horizonte e sua região metropolitana na capital brasileira do conhecimento e da inovação. Nessa direção, um passo importante foi dado na última segunda-feira, com a seleção de 100 projetos inovadores para participar do Fiemg Lab, um programa pioneiro entre as federações de indústrias de todo o país. É uma centena de boas ideias de jovens e pequenas empresas – startups e spinoffs –, das diversas regiões mineiras, do país e até internacionais. Durante 18 meses, elas terão o apoio do Sistema Fiemg e dos parceiros do Fiemg Lab para transformar seus projetos e ideias em produtos de alta intensidade tecnológica e elevada capacidade de agregar valor à indústria mineira.
Temos uma excepcional base a nos apoiar. Já dispomos de instituições do porte e da importância da UFMG e das universidades de Viçosa e de Itajubá. Também temos a Fundação Dom Cabral, a Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), a unidade do Google em BH, o Centro de Engenharia e Tecnologia da Embraer (instalado no CIT Senai Fiemg – câmpus Cetec) e os polos de inovação e tecnologia em Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas, e aqui mesmo em BH – o São Pedro Valley. Em Varginha, está o hub de tecnologia para a saúde da Philips América Latina. Em Betim, localiza-se o centro de design da Fiat Chrysler, com mais de 100 designers – o único fora dos EUA e da Itália.
Essa é a linha que queremos seguir, apoiada no binômio “inovação e tecnologia” e em sua capacidade de construir uma indústria moderna e competitiva, globalmente. Nesta empreitada, com muita honra, contamos, no Fiemg Lab, com a parceria do Sebrae-MG, governo de Minas Gerais, Fapemig, CNI, Grupo BMG e Atmosphera.
Em seu conjunto, a qualidade dos 100 projetos selecionados pelo Fiemg Lab contém atributos fundamentais – ousadia, criatividade e potencial para se transformar em negócios de sucesso. De fato, as 73 startups e 27 spinoffs selecionadas apresentam ideias inovadoras e disruptivas em setores estratégicos para a economia mineira – nas áreas de TI, segurança e saúde do trabalho, alimentos, energia, educação, vestuário, construção civil, logística e agropecuária. O Fiemg Lab é um exemplo importante do trabalho que, em parceria com os nossos sindicatos filiados, realizamos como objetivo de inovar e investir em novas tecnologias e soluções para as empresas mineiras.
Há outras iniciativas igualmente relevantes. Uma delas é o P7 Criativo, projeto que estamos realizando em parceria com o Sebrae-MG, Apex Brasil e o governo do estado, por meio da Codemig e da Fundação João Pinheiro. O objetivo é a criação, na Praça Sete, em BH, de um espaço destinado a ampliar a densidade do ecossistema de startups em Minas Gerais. O antigo prédio do Bemge – construído em 1953, com projeto de Oscar Niemeyer – será restaurado e reestruturado para abrigar, em um ambiente de colaboração e empreendedorismo, empresas inovadoras e de alta intensidade tecnológica nos segmentos do design, moda, software, games e audiovisual. O P7 começa a operar já neste semestre com ações nos eixos da internacionalização e empreendedorismo.
A proposta é transformar o Hipercentro de BH no maior polo de economia criativa do Brasil, como epicentro desse movimento que vai conectar startups, grandes empresas, profissionais da economia criativa e empresas de TI. É um movimento alinhado com a tendência mundial de concentrar a economia criativa em zonas centrais, aproveitando a diversidade de talentos e setores, como ocorre em Pittsburgh, Kansas, San Francisco, Medellín, Lisboa e Barcelona.